"GUERRA SEM PISTEIROS
- JARDIM SEM FLORES"


Este é um blog de partilha de memórias e de vivências mais actuais, recordar o passado, viver o presente e olhar para o futuro...



sexta-feira, 21 de maio de 2010

O Encontro Anual de 2010


Este ano não será excepção... por isso aqui fica o convite para o Encontro Anual:

"Convidam-se todos os antigos camaradas da Companhia dos Pisteiros de Combate, Moçambique 1970/1974, e suas respectivas famílias, bem como todos aqueles que, não sendo pisteiros, mas que de uma maneira geral connosco colaboraram, para o Convívio Anual que se irá realizar no dia 3 de Outubro, em Fátima."

Os reencontros

Depois de muitos anos sem nos vermos, o grupo conseguiu encontrar e reatar alguns dos laços de amizade até então quebrados... Todos os anos reunimos em franca alegria, num almoço convívio que reúne os velhos camaradas, mas também as suas famílias.

São momentos únicos e de pura amizade!



Para que todos estes encontros fossem possíveis, contámos com a preciosa ajuda de um camarada único e muito persistente. A ti Tavares agradecemos o esforço e empenho dedicados a esta causa.

A NOSSA HISTÓRIA...

O MATO NÃO TEM SEGREDOS

Pisteiros de Combate: Tenacidade, persistência e conhecimento da Natureza na luta contra a guerrilha. Tropa especial criada pelo então Comandante chefe das Forças Armadas em Moçambique, General Kaúlza de Arriaga, no ano de 1970, com as primeiras equipas a serem formadas na ex-Rodésia e a partir daí começou a formar-se a Companhia dos Pisteiros.

A partir de 1 de Janeiro desse ano, segundo um decreto da Presidência do Conselho, foi atribuída uma gratificação mensal de 400 escudos, desde que os militares tivessem averbado o respectivo curso completo.

O Centro de Instrução que integrava uma Companhia de Pisteiros de Combate, estava cediada em Vila Pery, cidade e capital de Distrito com o mesmo nome, e era aí a poucos quilómetros, junto à escola de Regentes Agrícolas, em plena mata, que fazíamos exercícios e dávamos instrução intensiva, preparando equipas que eram lançadas no rasto dos fugitivos mato fora, por entre capim e arbustos, ora pisando terreno pedregoso, ora atolando-se nos charcos que acompanhavam os rios, de pequeno e grande caudal.

A missão é encontrar sinais que confirmem a passagem recente de seres humanos pelo local, um rasto bem vincado na terra solta, o capim tombando, em cada folha pisada e em cada imperceptível galho quebrado, um pequeno tronco de árvore caído no chão ou uma pedra deslocada do local, onde ainda se notam sinais de humidade são, pequenos pormenores de onde o pisteiro recolhe preciosos elementos, mêrce de uma rápida, mas cuidada análise.

São quatro equipas de pisteiros que num exercício simulado saltando de helicóptero; uma fazendo de grupo inimigo e as outras na sua preseguição, são praças sargentos e oficiais africanos e europeus, que naquela manhã como todos os dias, se entregavam a uma cuidada preparação dos pisteiros consistindo, essencialmente, em trabalho prático mas rigoroso no aperfeiçoamento do tiro, "onde punha o olho tinha que por a bala", ser astuto, ter tacto, ser pisteiro era passar por um curso apuradíssimo e difícil, aquele curso fez desses homens os grandes e preciosos "leitores" da picada, aqueles que seguindo a pista e em contacto directo com a selva aprenderam a tirar partido do que a natureza lhes oferecia, de bom e de mau.

Ser Pisteiro também tinha a sua parte em missões humanitárias das populações conjuntamente com tropas de Engenharia e outras forças especiais no distrito de Tete, começaram a construção do aldeamento de Nura e, neste e em Mecumbura, montaram serviços de apoio técnico agra-pecuário as populações, serviços de assistência religiosa, sanitária e alimentar, e ainda serviços escolares.

sábado, 15 de maio de 2010

Recordar...




O lado humanitário da missão...






Os helicópteros





Os camaradas




A Natureza apaixonante...





Os amigos que ainda vemos...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Um Blog?

É verdade... apesar de não ter nascido ou crescido na era da tecnologia, entusiasmei-me por tudo isto e mesmo com 6 décadas de existência não me parece que seja tarde para aprender...

Convido então todos os que por bem aqui vierem parar a deixar uma mensagem e a partilhar comigo recordações sobre um tempo que já lá vai...

Este blog é dedicado a todos os companheiros que viveram noutros tempos, que lutaram e viram coisas menos agradáveis, mas que construíram laços de amizade difíceis de entender para quem nunca vivenciou algo assim!

Sejam todos muito bem-vindos.